sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O Ministério de Música e Artes e a Cultura de Pentecostes

No nosso tempo, ávido de esperança, fazei com que o Espírito Santo seja conhecido e amado. Assim, ajudareis a fazer que tome forma àquela "cultura do Pentecostes", a única que pode fecundar a civilização do amor e da convivência entre os povos. Com insistência fervorosa, não vos canseis de invocar: "Vem, ó Espírito Santo! Vem! Vem!". (Papa João Paulo II)


As palavras do saudoso papa João Paulo II, ditas aos líderes da RCC na Itália, contém fortes elementos que podem nos despertar para a importância de se permanecer fiel a um sentido estrito na forma de atuação do Ministério de Música e Artes da RCC.

Vemos aí a menção de um tempo “ávido de esperança”. É interessante questionar essa avidez. Outrora, nutriu-se grande esperança por um tempo em que a razão e a lógica científica pudessem conduzir a humanidade para melhores tempos. No entanto, quando se vê grandes avanços tecnológicos e a implantação de sistemas de organização lógica nos campos da política, economia e em tantas outras áreas da sociedade, percebemos ainda um mundo “ávido de esperança”. O que tanto esperamos, afinal? Pode-se denotar um tipo de resposta nas palavras do Papa: “fazei com que o Espírito Santo seja conhecido e amado”. A esperança é de se chegar a obter a paz social, a alegria plena, o amor entre as pessoas... Adentrarmos no conhecimento e contato amoroso com o Espírito de Deus pode, então, responder de fato aos nossos anseios mais íntimos, mas a real esperança nem sempre é percebida em sua forma certa, por isso há tanta avidez e ansiedade no nosso tempo.

A arte cristã é uma poderosa ferramenta para tornar conhecido o Espírito Santo, mas, sem dúvida, é ainda mais destacável sua capacidade de torná-lo amado. Através da música, da dança e das diversas manifestações artísticas se podem transmitir sentimentos e emoções que transitam do artista diretamente para os corações e mentes das pessoas. Os artistas cristãos precisam ter paixão, não tanto pelo que fazem, mas por quem os inspira e motiva. Se cantarmos, dançarmos, encenarmos e expressarmos sob as muitas formas de manifestações artísticas o amor a Deus, isso se tornará veículo poderoso pelo qual emitiremos uma mensagem ao nosso tempo: precisamos e podemos conhecer e amar a Deus hoje, pois Ele é a resposta para as nossas mais profundas esperanças.

Mas o Papa falava também de dar forma a certo tipo de cultura, a cultura do pentecostes. Ele dizia que essa cultura é a única capaz de fecundar a civilização do amor e da convivência entre os povos.

São palavras fortes e não foram ditas, certamente, sem uma grande reflexão, e desde então tem repercutido bastante a expressão “cultura de pentecostes”, entretanto, eu acho que ainda nem chegamos perto do que pode vir a ser tal coisa. Vemos por aí muitos tipos de culturas, e muitas têm sacudido a sociedade com suas mensagens. Há uma cultura sensualista embutida em diversas expressões artísticas. Há a cultura da rebeldia e da contestação, que se manifesta de diversas formas, e não há muito tempo em que a víamos na forma de músicas de protesto às ditaduras que dominavam parte do Continente Americano, como também às posturas políticas de diversos outros países. Também nos acostumamos vê-la em muitas outras tendências e movimentos, tais como o Rock and roll, os Punkies e outros em que também se percebe expressar-se a contestação e a rebeldia. Não vamos agora partir para listas e análises das diversas tendências e movimentos, basta dizer que temos nos acostumado com diversos tipos de cultura que se manifestam sob as mais variadas formas, porém, é ainda tímida e precisamos ver agigantar-se e tomar contornos mais nítidos a cultura de pentecostes.

Não sei se me engano, mas ao menos no Estado em que resido, parece-me poder afirmar que expressões artísticas que se baseiam na espiritualidade de pentecostes têm sido mais fortemente veiculadas por meio dos Evangélicos. Inclusive, tenho notado também a força de suas músicas e de suas formas de expressão crescendo também entre os católicos. Não quero instigar aquele tipo de debate, já um tanto desgastado: devemos ou não utilizar de músicas evangélicas nos Grupos de Oração e em missas? Mas quero sim motivar os irmãos que, como eu, atuam junto ao Ministério de Música e Artes da RCC a deixarmos ecoar fortemente as palavras do Papa: Assim, ajudareis a fazer que tome forma àquela "cultura do Pentecostes", a única que pode fecundar a civilização do amor e da convivência entre os povos. Eis aí a missão da RCC, contribuir para que tome forma essa cultura, e a nossa parte é fazer isso por meio das expressões artísticas.

“Com insistência fervorosa, não vos canseis de invocar: "Vem, ó Espírito Santo! Vem! Vem!". Esta última parte da fala do Papa contém o elemento fundamental para que essa cultura tome forma: a invocação contínua ao Santo Espírito. Muitas vezes, tenho visto pessoas dizendo: ah, parece que se fala sempre da mesma coisa, deveria se falar de outros assuntos também. Dizem isso em relação às mensagens que se passam através de músicas e outras expressões, como também através de palestras e livros, etc. Bem, creio que podemos falar de tudo, mas nunca podemos deixar de insistir fervorosamente, e nem nos cansar de clamar continuamente: vem Espírito Santo! Caso passemos a tratar a música e arte que fazemos na RCC de outra forma que não seja como forma de invocação contínua à presença e força do Espírito Santo, estaremos abrindo mão da nossa missão específica, e que por meio dessas palavras vemos ser reconhecida assim pela Igreja: a de tornar conhecido e amado o Santo Espírito.

Na Igreja há muitos serviços e missões, e muitos são originados por antigas espiritualidades. A nossa espiritualidade é pentecostal e o nosso serviço e missão primordial é tornar o Espírito Santo cada vez mais conhecido e amado. Na RCC realiza-se isso sob muitas formas de serviços, o que também denominamos de Ministérios; o nosso Ministério é tornar mais conhecido e amado o Espírito Santo por meio das expressões artísticas; e estaremos atingindo nossa meta sempre que formos fiéis a nossa espiritualidade. Podemos variar estilos e podemos tratar de muitos assuntos em nossas músicas e em nossas manifestações artísticas, mas não podemos nunca nos cansar de clamar sempre mais: vem, ó Espírito Santo! Vem! Vem! Vem! Vem! ...


Autor: Renato Menghi

domingo, 28 de agosto de 2011

Ficha de Inscrição

Clique na imagem e faça sua inscrição on-line para o nosso 2º Acampamento de Música e Artes da Renovação Carismática Católica - Diocese de Limeira
Paz e unção!
Alex Camargo
Membro do Núcleo Estadual MMA-RCC/SP
Coord. Diocesano MMA-RCC Limeira

“Se fores aquilo que Deus quer, colocareis fogo no mundo”
Santa Catarina de Sena



quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

VIVER EM SANTIDADE É VIVER À EXEMPLO DAS ATITUDES DE CRISTO

Somos desafiados a vivermos à semelhança com Cristo. Porém, esta semelhança não é uma mera imitação sem valor, de aparências, pois, só o fato de procurarmos imitá-lo exige de nós uma ação condizente com aquilo que apregoamos. Se procuramos imitar a Cristo precisamos agir tal qual Cristo. Com toda autoridade Jesus declara: "Eu vos dei o exemplo, para que façais o que eu fiz” (JO 13:15). Fazer o que Cristo nos manda fazer é característico de um viver santo. As atitudes de Jesus são incontestes. Se queremos andar em santidade devemos atentar para que a humildade seja uma das motivações para que Cristo se manifeste em nosso viver, pois: "Porque me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu mando” (Lc. 6:46).
Quando o assunto é relacionamento o Senhor Jesus ensina que a colheita é conforme o plantio: "Como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira fazei-lhes vós também"(Lc. 6:31). Tudo que fizermos, de bem ou de mal ao próximo, colheremos na mesma medida, porém, segundo as palavras do Senhor Jesus, todos nós queremos ser bem tratados. Se assim é, precisamos tratar bem os outros. Oprimido e humilhado Jesus não abriu a sua boca (Is. 53:7). É claro que a todo instante devemos procurar nossos direitos, porém em certas situações, principalmente se faço parte de um grupo (uma igreja, por exemplo) os meus direitos devem ser analisados e julgados se é bom, não só para mim, mas para todo o grupo: “... Porque não sofreis antes a injustiça? Porque não sofreis antes o dano? Mas vós mesmos fazeis à injustiça, e fazeis o dano, e isto aos próprios irmãos" (I CO 6:7b).

"Ele não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. Quando foi injuriado, não injuriava, e quando padecia não ameaçava. Antes, entregava-se àquele que julga justamente. Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para o pecado, pudéssemos viver para a justiça, pela suas pisaduras fostes sarados"(I Pe. 2:22-24). Diante dos perseguidores da mulher que fora encontrada em ato de adultério, Jesus apela para a consciência dos seus algozes: “... Aquele que dentre vós está sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra". Jesus não só ensinava como fazer, mas fazia como ensinava.
A respeito de suas obras, Lucas, no seu Evangelho, registra o testemunho de dois discípulos que iam para aldeia de Emaús: “... As (coisas) que dizem a respeito de Jesus de Nazaré, que foi profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo” (Lc. 24:19). Ficaria muito extenso se falássemos de todas as atitudes de Jesus, entretanto, é bom frisarmos que tanto o ensino quanto o aprendizado cobra-nos uma ação, uma atitude face ao conhecimento adquirido.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

VIVER EM SANTIDADE É VIVER À SERMELHANÇA DO CARÁTER DE CRISTO

A vida cristã tem como princípio básico a busca contínua e persistente da plenitude da vida Cristo em nós. Este é o alvo. Buscar a semelhança com Cristo é o desafio que abraçamos quando, por livre vontade, procuramos nos identificar com Ele, em atos e atitude, e, por confissão de fé, declaramos que nossa vida será uma imitação da vida do Senhor Jesus. O apóstolo Paulo, pelo Espírito Santo, nos desafia para esta busca: "Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (I CO 11:1). A ousadia do apóstolo em chamar para si a responsabilidade desta semelhança está no fato de que ele tinha uma referência segura: Cristo. E, por diversas vezes, ele deu testemunho incontestável que sua vida era uma busca constante de ser semelhante a Cristo. Este foi seu objetivo. Este foi o desafio aceito pelo apóstolo, abraçando-o com todo ardor, a ponto de afirmar: "Estou crucificado com Cristo, e já não vivo, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl. 2:20).

Não foi sem lutas, sem conflitos, sem renúncias que, desafiado, Paulo rendeu-se a um viver consagrado ao Senhor Jesus. Muitas coisas na vida do apóstolo ficaram para trás, vejamos sua declaração na carta dirigida aos filipenses: "Irmãos, não julgo que o haja alcançado. Mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que para trás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo” (Fp. 3:13, 14). O importante para o apóstolo Paulo não era o passado e sim o futuro. O desafio maior para Paulo era alcançar o propósito de Deus em sua vida. Paulo não ficou contabilizando o que perdera por ter decidido seguir a Cristo, pelo contrário, viver em Cristo e para Cristo foi o maior lucro da vida do apóstolo Paulo e, muitas das coisas que ficaram para trás, ele considerou como refugo: “Mas o que era para mim lucro, considerei-o perda por causa de Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por quem sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo" (Ef. 3:7, 8)

Ser imitador de Cristo é desafio para um viver santo. Estamos sendo confrontados? A vontade de Deus para nossa vida é para que trilhemos este caminho, pois somos informados que "quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pela concupíscência do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Ef. 4:22-24).
Viver em santidade é um desafio de ser semelhante a Cristo. Entretanto, esta conformidade, requer de cada um de nós uma tomada de posição, pois, estamos diante de um desafio. Temos ousadia suficiente para chamar para nós a responsabilidade de uma imitação de Cristo? Podemos falar como o apóstolo Paulo: "sejam meus imitadores"? Nosso testemunho de vida tem sido uma incontestável prova de que Cristo é real? A verdade é que quando aceitamos o desafio de ser semelhante a Cristo um conflito se instala. Parece contraditório, mas, não é. Pois quando vivemos governados pela nossa própria vontade a carne prevalece, porém, diante da aceitação do desafio de ser semelhante a Cristo, o Espírito Santo entra em ação, procurando conformar a vida daquele que aceita este desafio, para que as qualidades do caráter de Cristo sejam reproduzidas nele. Entretanto, a carne não vai ceder tão facilmente, daí, o conflito. O que fazer? Tomar uma decisão. Aceitar o desafio determinar-se a seguir as orientações do Espírito Santo: "Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne. Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito, e o Espírito o que é contrário à carne. Estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis” (Gl. 5:16, 17).
Prosseguir sempre e não olhar para trás também é caminho para um viver santo, desde que fixemos nosso olhar em Cristo. Para isso é necessário coragem.
É mais que um estilo de vida longe do pecado; é mais do que uma filosofia de vida; é mais do que uma ideia posta na mesa para ser aceita ou não.
A santidade é a “condição” que nos fará entrar pelas portas da eternidade no Reino dos Céus!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

“RECITAR O ROSÁRIO NADA MAIS É SENÃO CONTEMPLAR COM MARIA O ROSTO DE CRISTO” ( João Paulo II )

Esta preciosa e poderosa oração, tipicamente meditativa, precisa ser realimentada entre nós cristãos. Precisamos reaprender a arte da oração; necessitamos de autênticos testemunhos de pessoas que "orem com o coração". Sabemos que a maior de todas as orações é a Sagrada Eucaristia, no entanto, o cristão também é chamado a entrar em seu quarto para rezar a sós ao Pai (Mt 6,6), e segundo ensina Paulo, deve rezar sem cessar (1Tes5,17). Isso não significa estar de joelhos 24 horas e deixar de fazer nossas responsabilidades, no entanto, é um convite para mantermos nossos olhos fixos em Jesus e procurar conservar Seus ensinamentos em tudo que fizermos em nosso dia-a-dia. Maria é o melhor exemplo de quem conheceu Jesus e ninguém como a Mãe pode nos introduzir no profundo mistério de Sua Vida. “Percorrer com Ela as “cenas” do Rosário é como frequentar a “escola” de Maria para ler Cristo, penetrar em Seus segredos e compreender a Sua mensagem”( João Paulo II ). Sem a contemplação, o Rosário perde sua alma e corre o risco de se tornar uma oração mecânica, sem significado. Durante a recitação do Rosário, nos colocamos no papel de amigos de Jesus e nos abrimos para partilhar os Seus sentimentos. Isso requer um lugar apropriado, um ritmo tranquilo e uma pausa entre os mistérios. Maria é a pessoa que nos conduz a contemplação da plenitude dos mistérios de Jesus para que possamos receber toda a Sua força Salvífica. Diante de cada mistério, Maria nos convida a nos colocarmos humildemente como filhos obedientes na fé : “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a Tua Palavra”(Lc1,38).

“O Rosário é ao mesmo tempo meditação e súplica”. Através do “Alegra-te Maria” suplicamos a poderosa intercessão da Mãe que tudo pode no coração do Filho. Escolhida como o santuário do Espírito Santo ( Lc 1,35) e repleta de graça, apresenta-se diante do Pai pedindo conosco e por nós. Repetindo as palavras do anúncio do Anjo e a saudação de Isabel, contemplamos a divindade dos Mistérios do Filho de Deus e da Virgem Santíssima.

Nos dias de hoje precisamos dar uma atenção muito especial ao Rosário. Estamos vivendo uma era onde a falta de tempo contagia todos nós. Corremos de um lado a outro, temos a sensação de que o tempo está passando com mais rapidez, e sobrecarregados de afazeres, precisamos tomar nota de tudo para não esquecermos do que é importante. Nossas orações precisam ser breves e lutamos com a nossa consciência para manter-nos concentrados. Vivendo tudo isso, uma importante e poderosa oração como o Rosário está fortemente ameaçada. Quando o fazemos, na maioria das vezes, não temos o cuidado de reservar um tempo adequado para sentirmos os frutos específicos da meditação dos mistérios. Foi precisamente para encorajar sua devoção que a Igreja enriqueceu-o com indulgências sagradas. Deixamos precisosas graças passarem por nossa vida por falta de tempo e interesse. Olhamos para o nosso mundo e nos deparamos com sérias crises dentro das famílias, jovens envolvidos nas drogas e perdendo completamente o sentido da santidade dentro da sexualidade, pastores desanimados pela falta de compromisso de seus rebanhos, crises dentro de nossas igrejas, a paz constantemente ameaçada pela raiva e vingança, e nos esquecemos de que Deus é o Deus da Vida e nos dá em abundância. Jesus e Maria nunca deixaram de nos orientar, nos proteger e nos guiar para que não desviemos do Seu Caminho. O pedido para que rezássemos o Rosário é antigo, feito pessoalmente por Nossa Senhora e Jesus, mas nós, cegos pelo nosso comodismo ignoramos e preferimos ou reclamar ou nos conformar dizendo que hoje tudo está mudado e nós precisamos nos adaptar. O detalhe é que são nossas famílias, nossos filhos, nossa sociedade e nossa humanidade que está em perigo. Hoje o mundo corre sérios riscos em sua existência. Quando iremos acordar? Quando iremos encontrar tempo para as coisas que realmente são importantes em nossa vida? Vivemos uma crise de valores, de prioridades e pagamos muito caro por isso. Somos chamados a sermos apóstolos dos últimos tempos! Nossas armas devem ser a Cruz em uma de nossas mãos e o Rosário na outra. Peçamos a Deus que abra os nossos olhos e os nossos corações fazendo cair as “cascas” que nos cegam e nos mantêm inérteis. Ninguém é mais importante do que Deus! Nenhum trabalho é mais importante do que aquele o qual Deus nos chama! E na Sua fidelidade extrema, nos dará TUDO o que precisarmos cem vezes mais.

Que nossa comunidade abençoada e guiada pela Rainha da Paz possa ser um testemunho vivo dos milagres que podemos alcançar pela meditação do Santo Rosário.

Retirado do site:
http://queenofpeacemission.org/portugues/SANTOROSaRIO.html

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Novena de Pentecoste

NOVENA DE PENTECOSTES
Jubileu 40 anos RCC
01-Canto Inicial
02-Introdução
Vinde, Espírito Santo,
Enchei os corações dos vossos fiéis
E acendei neles o fogo do vosso amor
D (dirigente) - Enviai o vosso Espírito e tudo será criado
R (resposta dos participantes)- E renovareis a face da terra
Oremos:
Deus, que instruístes o coração dos vossos fiéis com a luz do Espírito
Santo: fazei com que apreciemos retamente todas as coisas, e gozemos
sempre de sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso, Amém.
03- Oração Introdutória
(Em dois grupos ou coros: grupo A e grupo B; D: dirigente; T: todos).
A-Vinde, Espírito Santo e enviai-nos do alto do céu, um raio da vossa luz!
B – Vinde, Pai dos pobres, vinde, fonte de todos os dons, vinde, luz dos
corações!
A - Consolador magnífico! Doce hóspede da alma! Doce reconforto!
B- Sois repouso para o nosso trabalho, calmante para as nossas paixões,
lenitivo para as nossas lágrimas!
A-Ó luz da felicidade, inundai plenamente os corações dos vossos fiéis!
B- Sem o vosso auxílio, nada pode o homem, nada produz de bom!
A- Lavai as nossas manchas! Banhai a nossa aridez! Sarai as nossas
feridas!
B- Dobrai a nossa dureza! Aquecei a nossa fraqueza! Retificai os nossos
erros!
A- Dai aos vossos fiéis, que em vós confiam, os sete dons sagrados!
B- Dai-nos o mérito da virtude! Dai-nos o troféu da salvação! Dai-nos a
alegria eterna!
T-Amém! Aleluia!
04-Passar para a página do dia da novena
(primeiro dia, segundo dia...)
3
Benção Final (Se houver um sacerdote presente, ele deve conduzir este momento)
-Pai Nosso... -Ave Maria... - Glória ao Pai...
T- Assim como nos reunimos em vosso nome, ó Divino Espírito Santo
concedei-nos, por vosso amor, a graça de permanecermos sempre
unidos na justiça evangélica e na solidariedade fraterna. Que nunca nos
esqueçamos e nos afastemos de vós, e alcancemos juntos a verdadeira
e eterna felicidade. E que esteja sobre nós, sobre nossos amigos e
familiares, sobre nossos intercessores e colaboradores, bem como sobre
todos aqueles com quem ainda não vivenciamos a plena comunhão e
caridade, a benção do Deus único e todo poderoso que é Pai, Filho e
Espírito Santo. Amém.
10-Cântico Final
Abraço da Paz
Recomendações
Despedidas
11-Oração Final

VENI CREATOR
( Hino litúrgico do século IX)
Vem, Espírito Criador, visita o espírito dos que são teus.
Enche de graça e de esplendor os corações que tu mesmo criaste.
Nós te chamamos o Defensor, dom de Deus altíssimo.
fonte viva, fogo, amor e unção da graça.
Tu nos ofereces os sete dons, Tu és o dedo da mão de Deus,
a verídica promessa do Pai: Tu inspiras nossa voz.
Abrasa-nos em tua luz, enche nossos corações.
O que é fragilidade em nosso corpo revigora com teu vigor.
Afasta para longe de nós o inimigo. Desde agora dá-nos a paz.
Sê nosso guia no caminho para que possamos evitar todo mal.
Dá que conheçamos o Pai, revela-nos o filho,
Tu és o Espírito do Pai e do filho. Que sempre creiamos em Ti!
4


1º dia: O Espírito Santo no seio da Santíssima Trindade
Abertura
(para todos os dias)
4- Leitura Bíblica
Evangelho segundo Mateus, capítulo 3, versículos de 13 a 17, (ler diretamente na Bíblia;
orientar aqueles que não trouxeram a Bíblia a acompanhar a leitura com quem a tenha).
5-Reflexão Catequética
D- Deus é um só, mas tem três modos de ser, de existir. Da única essência, da única
natureza divina, participam três pessoas divinas. Essas pessoas são absolutamente iguais
quanto à natureza, à essência, quanto à onipotência e à santidade, mas são distintas, pois
que uma não é a outra e inclusive se manifestam conjuntamente a nós (no batismo de
Jesus, por exemplo). “Aquele que é o Pai não é o Filho, e aquele que é o Filho não é o Pai,
nem o Espírito Santo é aquele que é o Pai ou o Filho” (XI Concílio de Toledo, 675, DS 530).
Além disso, podemos falar apropriadamente de diferentes missões divinas (processões) :
uma é a missão do Filho, e outra é a missão do Espírito Santo- ainda que, sempre quando
age, Deus age trinitariamente.
A isso chamamos de Mistério da Santíssima Trindade. E mistério é sempre mistério; se o
compreendêssemos em totalidade, não seria mistério. Mas às vezes dá-se-nos a impressão
de que alguns mistérios são “mais misteriosos” que outros. Este da Santíssima Trindade,
por exemplo. Realmente, não é nada fácil, dentro da lógica humana, aceitar, sem uma certa
inquietude, a realidade de três pessoas num só Deus.
As três pessoas divinas, por si, já são um mistério. Das três, porém, a mais “misteriosa” é,
por assim dizer, a pessoa do Espírito Santo. Porque Ele não tem um rosto (como o Cristo),
não tem uma imagem (como a que fazemos do Pai), não tem um “sinônimo” a que
possamos nos agarrar.
De fato, o Espírito veio até nós de modo misterioso, sutil, “interior”. E não há nenhum mal
em termos mais dificuldades em entendê-Lo. O que não podemos permitir é que, diante
desta maior dificuldade em compreendê-Lo, acabemos por rejeitá-Lo a um segundo plano
em nossa espiritualidade, deixando-O “de lado” em nossas orações, em nossa devoção, em
nosso relacionamento com a Trindade.
Só ousamos falar desse mistério - coisa que jamais descobriríamos por nós mesmos -
porque Deus tomou a iniciativa em revelá-lo a nós, e, pacientemente, através dos séculos,
foi gradativamente partilhando conosco a Sua própria vida íntima e misteriosa. E se Deus
se revelou em três pessoas, é porque é da vontade dEle que nós O conheçamos e O
amemos em suas três maneiras de ser. Pois quanto mais o conhecermos, mais O
amaremos e compreenderemos Seu plano amoroso e suas intenções para nossas vidas...
6- Partilha Espontânea (cerca de 20 minutos)
7- Cântico
5
8-Oração Final
A - Espírito Santo, que conduziste os profetas por desertos de areia ou pela amplidão dos
mares.
B- Sopra sobre nossos olhos, a fim de que, por toda parte, saibam ver a Trindade Santa.
A- Sopra sobre nossos lábios, a fim de que só digam e cantem a Verdade de que liberta.
B - Abre nossos corações à beleza do mundo, ao alegre esplendor das formas sensíveis
A- Para que todos os nossos encontros sejam sempre louvores a Deus e motivos de amor.
B-E todas as criaturas constituam oportunidades que nos levem ao Criador.
Amém
9- Sugestão de Atividade em Casa
Ler 2 Cor 13,13; 1 Cor 12,4-6; Mt 28, 16-20. Explique-se o que significam as citações;
também poderão ser aqui sugeridas - considerando-se a assembléia - outras atividades,
propostas de reflexão, de compromisso e de gesto concreto.
Rezar e meditar a seguinte consagração.
CONSAGRAÇÃO AO DIVINO ESPÍRITO SANTO (Pe. Mário Salgueirinho)
Ó Espírito Santo, Divino Espírito de luz e de amor, eu vos consagro a minha inteligência, o
meu coração e a minha vontade, todo o meu ser, no tempo e na eternidade.
Que a minha inteligência seja sempre dócil às vossas celestes inspirações e à doutrina da
Santa Igreja Católica, de que sois guia infalível.
Que o meu coração seja sempre inflamado do amor de Deus e pelo próximo.
Que a minha vontade seja sempre conforme a vontade divina, e que toda a minha vida seja
uma imitação fiel da vida e das virtudes de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, a quem,
com o Pai e convosco, sejam dadas honra e glória para sempre Amém.
Bênção Final
6


2º dia - O Espírito Santo é Deus
Abertura
(para todos os dias)
4-Leitura Bíblica
Leitura da Primeira Carta de Paulo aos Coríntios, capítulo 2, versículos de 9 a 12 (ler
diretamente na Sagrada Escritura)
5-Reflexão Catequética
D - Muitas pessoas concebem o Espírito Santo como uma “força de Deus”, ou como uma
“luz divina”, ou, ainda, como uma “consolação divina” que Deus nos concede, apenas.
Embora possamos também considerá-lo como essas realidades todas, é necessário termos
em conta que o Espírito Santo não é “uma parte” ou “um aspecto” da ação divina. Ele é
Deus!
Mesmo não assumindo a nossa natureza humana como Jesus - que se fez carne, um de
nós -, o Espírito Santo é Deus mesmo. Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, um com o
Pai e o Filho. Procede do amor entre eles, uma só essência, uma só natureza com Eles.
Como Pessoa é livre, tem inteligência e vontade.
Tudo vê, tudo conhece, está presente em tudo e em todos. Exerce hoje, em mim - em cada
criatura, em todos os filhos de Deus -, a missão de santificador, de consolador. É o Senhor
da vida! É aquele que, agindo em nosso interior desde o nosso Batismo, nos leva a
conhecer Jesus, a amá-Lo, a seguir Seus ensinamentos. Ele nos revela Jesus - Caminho,
Verdade e Vida. Ele nos convence de que somos salvos pelo sangue do Cordeiro sem
mancha, Jesus Cristo.
Deus sem face. A humildade de Deus. Puro Espírito, que escolheu nosso ser para Seu
Templo, Sua morada, habitando nosso frágil espírito humano.
No credo niceno-constantinopolitano, rezamos: “Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a
vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado; Ele que
falou pelos profetas”.
Ao professarmos nossa fé na Pessoa do Divino Espírito Santo, a Igreja nos ensina: “Aquele
que o Pai enviou aos nossos corações, o Espírito do seu Filho, é realmente Deus.
Consubstancial ao Pai e ao Filho, Ele é inseparável dos dois, tanto na Vida íntima da
Trindade como no seu dom de amor pelo mundo. Mas ao adorar a Santíssima Trindade,
vivificante, consubstancial e indivisível, a fé da Igreja professa também a distinção das
Pessoas. Quando o Pai envia seu Verbo, envia sempre seu Sopro: missão conjunta em que
o Filho e o Espírito Santo são distintos, mas inseparáveis. Sem dúvida, é Cristo que
aparece, Ele, a imagem visível do Deus invisível; mas é o Espírito Santo que O revela”
(Catec; n.689-690). E diz mais o Catecismo da Igreja Católica n.253: “As pessoas divinas
não dividem entre si a única divindade. Mas cada uma delas é Deus por inteiro:” O Pai é
aquilo que é o Filho, O Filho á aquilo que é o Pai, O Espírito Santo é aquilo que são o Pai e
o Filho, isto é, um só Deus quanto à natureza” (XI Concílio de Toledo, em 675:DS 530).
7
6-Partilha Espontânea (cerca de 20 minutos)
7-Cântico
8-Oração Final
A - Divino Espírito Santo, necessitamos muito de vossa ajuda para conhecer o caminho que
devemos seguir.
T - Dai-nos, ó Pai, por Jesus, o vosso Espírito Santo!
B - Temos necessidade de vós, para que nosso coração, inundado vossa consolação, se
abra, e que muito além das palavras e dos conceitos, possamos perceber em nós a vossa
presença de Pessoa Divina.
T - Dai-nos ó Pai, por Jesus, o Vosso Espírito Santo!
A - Cremos, Ó Espírito Santo, que viveis na Igreja e em nós, sois nosso hóspede
permanente, sempre a modelar em nosso ser a figura e a forma de Jesus Cristo.
T - Dai-nos, ó Pai, por Jesus, o vosso Espírito Santo!
B - Nós nos dirigimos também a Vós, Maria, Mãe da Igreja, que viveste a plenitude
inebriante do Espírito Santo, experimentaste a sua força em vosso ser e o vistes operando
em vosso filho Jesus: intercedei por nós, para que nossa mente e o nosso coração se abram
à ação divina.
T - Dai-nos, ó Pai, por Jesus, o Vosso Espírito Santo!
A - Fazei com que tudo o que pensamos, fazemos ou ouvimos, todos os nossos gestos e
todas as nossas palavras sejam tão-somente abertura e disponibilidade a este único Santo
Espírito que forma a Igreja no mundo.
T - Dai-nos, ó Pai, por Jesus, o Vosso Espírito Santo!
B - Edifica o corpo de Cristo na história; promove o testemunho da fé; consola e conforta;
plenifica de confiança e de paz o nosso coração, mesmo em meio às dificuldades e
tribulações.
T - Dai-nos, ó Pai, por Jesus, o Vosso Espírito Santo!
T - Nós o pedimos, Pai, juntamente com a intercessão de Maria e de todos os santos, e em
nome do vosso filho Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.
9-Sugestão de Atividade em Casa
Ler At. 5,1-6; Rm 8,5-15
Benção Final
8


3º Dia - O Espírito Santo é uma Pessoa
Abertura
(para todos os dias)
4-Leitura Bíblica
Leitura do livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 13, versículos de 01 a 04.
5-Reflexão Catequética
D - Como já vimos, Deus é sempre um mistério. E, das três Pessoas, o Espírito
Santo parece ser a mais misteriosa de todas. É o “Deus sem face” (ao contrário do Filho
que assumiu a nossa natureza humana) o “Deus sem referência humana” (ao contrário da
Primeira Pessoa, a quem chamamos por um nome que nos é bastante comum: Pai!)... Para
referir-se a Ele, as Sagradas Escrituras lançam mão de símbolos, tais como: Água, Unção,
Fogo, Nuvem, Luz, Selo, Mão, Dedo e Pomba (Catec. N 694 a 701). E quando
questionados a respeito de quem é o Espírito Santo, comumente também respondemos
com conceitos totalmente impessoais, ou abstratos, como: “Ele é o amor, a consolação, a
luz, a força, a esperança, o revelador...”
Na realidade, Deus é, na sua natureza, amor (cf.1 Jo 4,16). Por conseguinte, dom, vida
incessantemente doada. Enquanto fonte permanente desse dom, Deus é Pai. Enquanto
expressão e receptor desse dom, Deus é Filho. Enquanto dom mesmo, ele é o Espírito.
“Uma só essência, uma substância ou natureza, mas três pessoas”, nos ensina o Concílio
de Latrão. E, de fato, aprendemos todos – e desde cedo - que o Espírito Santo é a terceira
pessoa da Santíssima Trindade. Mas em que sentido? Como é que alguém que eu não
vejo, não toco, e que é “espírito”, pode ser uma pessoa?...
Ainda que limitados pelo curto alcance dos conceitos humanos, podemos ser auxiliados
nessa “compreensão” quando associamos a palavra pessoa (persona) ao conceito de
personalidade. O Espírito Santo traz em si todos os atributos de uma personalidade. Ele
tem intenção (Rm 8,27), tem conhecimento (1 Cor 2,10-11), tem vontade própria (1 Cor
12,11) experimenta emoções (Ef 4,30). Ele se relaciona e age como somente uma pessoa
poderia fazê-lo: Ele fala (At. 1,16), ora (Rom 8,26-27), ensina (Jô 14, 26) opera milagres (At
2, 4 ; 8, 39) ordena (At 8, 29; 10,19-20; 11,12; 13,2) proíbe (At 16, 6-7), guia as pessoas
(Rom 8,14) e consola a Igreja (At 9,31) - entre outras tantas ações...
A consciência de que o Espírito Santo é uma pessoa deve gerar em nós um impacto que
interpele a nossa vida: se o Espírito Santo é uma Pessoa, nós precisamos aprender a ter
com Ele um relacionamento pessoal - isto é, de pessoa para Pessoa. Ele não pode
continuar sendo para nós apenas um dado teológico, doutrinário, mas... uma Pessoa,
amiga! Uma Pessoa com quem posso partilhar minhas dificuldades, minhas vitórias, meus
fracassos, minhas alegrias...
A propósito, você já entabulou uma conversa com o Espírito Santo, hoje? Já lhe disse, por
exemplo, “Bom Dia Espírito Santo?”. Afinal, Ele é também o nosso Advogado, o nosso
Consolador e Aquele que nos dá força...
6- Partilha Espontânea (cerca de 20 minutos)
7- Cântico
9
8- Oração Final
A - Espírito Santo contemplar-te é mergulhar o olhar no invisível, em pleno mistério de
Deus.
B-Não tens um semblante de Evangelho como o Cristo, nem de face de Pai; mesmo
renunciando a te imaginar um rosto, queremos aderir a Ti com todas as nossas forças;
A-Não tens um semblante porque és o fogo do amor que reúne os semblantes do Pai e do
Filho, para não formar senão um só, numa sublime fusão;
B - Vives nos semblantes de outrem, como sua vida mais secreta, e és tu que nos revela o
autêntico semblante do Salvador, bem como o do Pai celeste;
A - És abismo de profundidade, recôndito inexpugnável e inexprimível de se representar em
traços delimitados.
B-Tu és o sopro que emana do Pai e do Filho que vem animar o nosso espírito, fornar-mos
uma feição espiritual.
A-Tu és a respiração de nossa alma, o pensamento de nosso pensamento, o impulso de
nossa vontade, a força do nosso amor;
B-Tu és a vida divina que vem nos fazer viver o Cristo, que invade o nosso ser para
transfigurá-lo.
A-Tu nos ultrapassas infinitamente e, no entanto, és tão intímo a nós;
B-Não resides num longínquo abstrato, mas no concreto palpitante de nossa existência.
T-Contemplar-te é deixar-se tomar pela torrente de um amor que transborda e se apossa de
toda a nossa pessoa humana. Amém.
9-Sugestão de Atividade em Casa
Procurar em sua Bíblia as indicações do texto da Reflexão Catequética de hoje, e se
possível, identificar outros exemplos de ações pessoais do Espírito Santo.
Benção Final
10


4º Dia- O Espírito da Promessa no Antigo Testamento
Abertura
(para todos os dias)
4- Leitura Bíblica
Leitura do Livro do Profeta Ezequiel, capítulo 36, versículos de 24 a 28
5- Reflexão Catequética
A-É da maior importância para a nossa abertura à Pessoa do Espírito Santo
compreendermos adequadamente - tanto quanto nos permite a Revelação e a nossa
capacidade de interpretá-la - o significado central daquilo que aconteceu no histórico evento
de Pentecostes.
Pentecostes não é, simplesmente, “a vinda do Espírito Santo”, como comumente costumase
afirmar. O Espírito Santo - Pessoa divina que é - sempre esteve presente na história da
humanidade, não sendo pois correto crer que Ele só tenha vindo atuar em nosso meio
depois de Pentecostes.
De fato, já no segundo versículo da Bíblia (Gn 1,2), encontramos a expressão: “... O Espírito
pairava sobre as águas...”. E ela nos ensina ainda, por exemplo, que Ele desceu sobre
Enoque, Abraão, Isaque e Jacó; que o Faraó compreendera que José possuía o Espírito de
Deus; que os milagres de Moisés eram operados por Sua virtude; que atuou em Otoniel,
Gedeão, Débora, e Sansão; que Samuel e Davi profetizavam pelo Espírito Santo; que
Azarias e Oziel o possuíam. E Isaías (63, 11-12) aduz: “Onde habita aquele que enviou no
meio deles o Espírito Santo, guiando Moisés pela destra? Desceu o Espírito do Senhor e foi
o guia do seu povo...”
Outras passagens da Sagrada Escritura confirmam esta presença e este operar do Espírito
Santo nos tempos descritos pelo Antigo Testamento. Do conjunto dessas afirmações,
podemos caracterizar em certo sentido o modo como o Espírito Santo estava presente e
operava na história da salvação, antes de Pentecostes (porque, depois, seria diferente!).
Podemos dizer que:
a) O Espírito Santo se manifestava ( ou “se apossava de”, ou “agia
em”...) apenas em algumas pessoas, escolhidas por Deus com vistas a algum
propósito de Sua parte (alguns reis, profetas, juízes, ou sacerdotes).
b) O Espírito se manifestava na vida dessas pessoas por um
determinado tempo, apenas; cessada a “missão”, a “tarefa” ou o “propósito”,
cessava a aparente manifestação; Ele ainda não “habitava” o ser humano como
hoje nos é possível;
c) A presença do Espírito na vida de todas as pessoas era uma
presença considerada do tipo “natural”, ou imanente, a sustentar e garantir nelas
a vida - do que Ele é Senhor e Fonte! Não era ainda uma presença do tipo
“sobrenatural” - além da natureza humana -, uma presença pela graça, como nos
é possível hoje por um intermédio dos Sacramentos.
d) Não se tinha a consciência - a revelação - que temos hoje a respeito
do Espírito Santo. Percebiam-No mais como uma “força divina”, e não como a
presença e a ação de uma Pessoa Divina, da Trindade.
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Algumas promessas, porém, da parte de Deus pela boca de seus profetas (e depois, pela
boca do próprio Jesus) nos davam conta de que, para os tempos messiânicos - ou seja,
depois da vinda do Filho-, a presença e o operar do Espírito seriam diferentes. Por exemplo,
pela boca do profeta Joel, Deus nos anunciava: “Depois disso acontecerá que derramarei o
meu Espírito sobre todo o ser vivo: vossos filhos e vossas filhas profetizarão; vossos
anciãos terão sonhos, e vossos jovens terão visões. Naqueles dias, derramarei também o
meu espírito sobre os escravos e as escravas.” (Jl 3,1-2; ver também Ez 36, 25-27, Is 44,3).
Pentecostes é a realização dessas promessas a respeito do Espírito. E a nós, a quem
coube viver nesses tempos em que Pentecostes já é uma realidade, é dada a possibilidade
de desfrutar os privilégios que o novo modo do Espírito Santo estar presente e agir veio nos
trazer, como veremos nos próximos encontros...
6- Partilha Espontânea (cerca de 20 minutos)
7- Cântico
8- Oração Final
A - Quem és tu, doce luz que me inundas e aclaras a noite do meu coração? Tu me guias
com tua mão maternal. Se me desamparas, não avanço mais, nem sequer um passo.
B - Tu és o espaço que cerca o meu ser e no qual tu te ocultas. Se me abandonas, caio no
abismo do nada, do qual me chamaste para o ser.
A - Estás mais próximo de mim que eu, és mais íntimo de mim que meu íntimo.
B - E, contudo, ninguém te atinge, ninguém te compreende.
T - E nenhum nome pode aprisionar-te: Espírito Santo Eterno Amor.
A - Vem, Espírito Criador venerado e todo-poderoso, pelo qual tudo foi feito.
B - Tu tens tudo em tuas mãos, tu que estás acima de toda sabedoria e de todo poder.
A - Nada pode descrever-te, compreender-te, sondar-te.
B - Tu terminas toda a criação em sua essência; tu és inseparável de todas as coisas em
sua força.
A - Nós te bendizemos, Senhor de todas as coisas e muito bom!
B - De ti procedem toda existência, toda respiração, todo pensamento, todo conhecimento
de Deus.
A - Nós te bendizemos porque és tu que nos fazes ver a beleza do céu, o percurso do Sol,
B - o círculo da lua, a magnificência das estrelas.
T - Por isso nós proclamamos: Glória a Ti, Espírito Criador!
D - Divino Espírito Santo.
T - Iluminai-nos.
9- Sugestão de Atividade em Casa
Jl 3,1-2; Ez 36, 25-27; Is 44,3. “ Repetir, por diversas vezes durante o dia, jaculatórias
como: “Divino Espírito Santo, iluminai-me”; “Espírito Divino, concedei-me os vossos santos
dons”; “Renova-me, Divino Espírito Santo”, e outras que espontaneamente surgirão.
Bênção Final
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5º dia- A Catequese de Jesus sobre o Espírito Santo
Abertura
(para todos os dias)
4- Leitura Bíblica
Leitura do Evangelho de Jesus Cristo segundo João, cap. 14, versículos de 12 a 17.
5- Reflexão Catequética
D - Jesus Cristo é o portador definitivo das boas novas da Revelação. Anuncia-nos com
autoridade que Deus é Pai, que Ele e o Pai são um e que o Espírito Santo é o “outro
Paráclito” que haveria de vir para dar testemunho dele.
Nos capítulos 14, 15 e 16 do Evangelho de São João, especialmente, Jesus expõe aos
seus discípulos uma nova e esclarecedora catequese sobre o Espírito Santo. Refere-se a
Ele, pela primeira vez, como a alguém, como a uma Pessoa. Explica-nos o novo modo
como essa Pessoa Divina estará em nosso meio, e qual a essência de sua missão: estará
conosco eternamente; e não só conosco, mas em nós (Jo 4, 15-17); ensinar-nos-á todas
as coisas e nos recordará tudo o que Jesus nos disse (Jo 14,26); dará testemunho, não de
Si mesmo, mas de Jesus (Jo 15,26); e que - era verdade-convinha a nós que Ele (Jesus)
voltasse para o Pai, porque, assim, o Espírito viria para estar conosco e nos convenceria a
respeito do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16, 7-8); e que Ele nos conduziria à completa
verdade, pois não falaria de Si mesmo, mas tomaria daquilo que ouvira do próprio Cristo, e
o glorificaria! (Jo 16, 13-14).
Antes de sua ascensão, Jesus ainda nos fará outras revelações a respeito da Pessoa do
Espírito Santo. Mas, daquilo que já disse até aqui, podemos compreender com mais clareza
que:
a - O Espírito Santo é uma Pessoa; misteriosa, divina, mas uma Pessoa;
b - é necessária a Sua vinda para a continuação da obra da salvação iniciada por Jesus,
sobre quem Ele testemunhará;
c - não estará mais apenas conosco, mas em nós;
d - e não por pouco tempo, mas eternamente;
e- por Ele teremos acesso à verdade sobre o Cristo, de quem Ele recordará eternamente
as palavras e os feitos...
Além dessas novidades apontadas por Jesus a respeito do novo modo de O Espírito Santo
estar presente entre nós após a sua partida, temos um outro elemento que é de fato
fundamental para o entendimento do significado de Pentecostes. E um dos textos-chave
para esse entendimento é o que nos oferece o Evangelho de João no seu capítulo 7,
versículos de 37 a 39, quando diz: “No último dia, que é o principal dia de festa, estava
Jesus de pé e clamava: ‘Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim,
como diz a Escritura: Do seu interior manarão rios de água viva’ (Zc 14, 8; Is 58, 11). Dizia
isso, referindo-se aos que cressem nele, pois ainda não fora dado o Espírito, visto que
Jesus ainda não tinha sido glorificado.”
Tenhamos em mente esse texto ao realizarmos o nosso próximo encontro.
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6- Partilha Espontânea (cerca de 20 minutos)
7- Cântico
8- Oração Final
A - Vem, Espírito Santo, e santifica-me.
Vem, Espírito de Verdade, e enche-me de ti.
Que a tua sapiência divina me instaure na Verdade.
B - Eu desejo que a Verdade reine na minha mente, nas minhas palavras, nos meus afetos,
nas minhas ações, evitando tudo o que lhe seja contrário, não só a mentira, senão também
a dissimulação, a duplicidade, a falta de sinceridade.
A - Vem, Espírito de paz, e dá-me a tua paz, a paz profunda que dilata a alma e a torna
apta às tuas operações; a paz que acalma e domina todo o sensível;
B - Vem, Espírito de caridade, faze-me tão inflamado de teu amor, que o faça transbordar
sobre as almas que eu desejo levar a ti.
A - Ó Divino Espírito, trasnsforma-me em amor.
Só assim poderei responder plenamente a teu convite, a ser útil à Igreja.
B - Ó Espírito da Verdade, faze-me conhecer o Verbo, ensina-me a lembrar-me sempre de
tudo quanto ele disse.
A - Ilumina-me, guia-me, torna-me, conforme Jesus, em outro Cristo , comunicando-me as
suas virtudes,
B - sobretudo paciência, a humildade, a obediência.
T - Faze-me participar da tua obra redentora.
Faze-me entender, e amar a cruz.
9 – Sugestão de Atividade em Casa
Reler o capítulo 7, versículos de 37 a 39 do Evangelho de João, Jo 14, 26; Jo 15, 26, Jo 16,
7-8. 13-14.
Bênção Final
DIVINO ESPÍRITO ( Paulo VI)
Ó Espírito santo!
Daí-me um coração grande,
aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora;
fechado a todas as ambições mesquinhas;
alheio a qualquer desprezível competição humana;
Compenetrado do sentido da Santa Igreja!
Um coração grande, desejoso de se tornar
semelhante ao coração do Senhor Jesus!
Um coração grande e forte, para amar a todos,
para servir a todos, para sofrer por todos!
Um coração grande e forte para superar
todas as provações, todo tédio, todo cansaço,
toda desilusão, toda ofensa!
Um coração cuja felicidade é palpitar
com o coração de Cristo, e cumprir humilde,
fiel e virilmente a vontade do Pai.
Amém.
14


6º Dia- Espírito Santo, dom de Deus
Abertura
(para todos os dias)
4- Leitura Bíblica
Leitura da Carta de Paulo aos Romanos, capítulo 5, versículos de 1 a 5.
5- Reflexão Catequética
D - Dizia o Evangelho de João, na leitura que vimos em nosso encontro anterior (Jo 7, 37-
9), que o “Espírito ainda não tinha sido dado porque Jesus não tinha ainda sido
glorificado.”
Depois da catequese sobre o Espírito Santo - também já vista por nós (capítulos 14, 15 e 16
de São João) - , Jesus se dirige ao Pai em oração e pede que seja removida essa barreira:
“Pai, é chegada a hora: glorifica o teu Filho, para que o teu Filho possa glorificar-te...” (Jo
17, 1). E nós sabemos em que consiste a glorificação de Jesus, descrita nos capítulos
seguintes (18 e 19): prisão, julgamento, paixão, morte e ressurreição!
Após esses fatos (capítulo 20), naquele que é considerado o “Pentecostes apostólico”, já
vemos os efeitos da glorificação de Jesus: embora as portas estivessem fechadas, Jesus
aparece no meio deles, mostra-lhes suas chagas gloriosas, deseja-lhes a paz, sopra sobre
eles (retomando uma imagem do Espírito muito conhecida deles,o ruah) e diz: “Recebam o
Espírito Santo! ( Jo 20, 19-21). Como a dizer: “Sim, recebam-no; agora Ele pode ser dado
(como Eu vos disse!), agora Ele é dom para vocês...”
Na outra descrição de Pentecostes registrada por Lucas (Atos 1 e 2), temos outras
evidências do novo modo de o Espírito Santo estar presente. Jesus, já ressuscitado e
prestes a ascender aos céus (glorificado, portanto), instrui os apóstolos a aguardarem em
Jerusalém, pois agora iria se cumprir-se a promessa do Pai. “Vocês vão receber o poder do
Espírito Santo, que virá até vós” (cf. At 1,8), dizia.
Na seqüência, acontece o prometido. Os apóstolos, com Maria e algumas outras mulheres,
estavam em oração no Cenáculo quando um vento impetuoso tomou conta do lugar, e
umas como que línguas de fogo pousaram sobre eles, que logo começaram a se expressar
com manifestações carismáticas, “falando em diferentes línguas conforme o Espírito lhes
concedia que falassem.” E sendo entendidos por “pessoas de diferentes línguas e nações”
(cf. Atos 1,12- 14, Atos 2, 1ss).
Quando o povo, atônito com aquela manifestação espiritual, pergunta a Pedro o que fazer,
ele diz: “Arrependam-se, sejam batizados em nome de Jesus para o perdão de vossos
pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo; pois a promessa que foi feita a respeito
dele é para vós, para vossos filhos e para todos aqueles que estão distantes, e que Deus
está chamando a Ele,” (cf. Atos 2, 37-39)
Cumpriu-se a promessa. Com Jesus glorificado, o Espírito é dado para todos os que ouvem
o chamado do Senhor nosso Deus. O Pai e o Filho - como doadores - se doam a nós na
Pessoa do Espírito Santo. Ele é uma Pessoa-dom, para nós de agora em diante. Inicia-se
aí, em Pentecostes, uma possibilidade de relacionamento com Deus, no Espírito Santo,
como nunca fora possível antes. Privilégio dos tempos messiânicos, privilégio nosso.
15
Agora o Espírito se doa a todos, vem para estar em nós (“Acaso não sabeis que sois
templo do Espírito?”, cf. 1Cor 3, 16), vem para estar “eternamente conosco” (cf. Jo 14, 16),
como Pessoa divina ( e não como uma coisa!), de modo não apenas natural mas, pela
graça dos sacramentos, de um modo que supera admiravelmente a nossa natureza
humana (cf. 1Cor 2, 4-5.10-14). E nosso Catecismo da Igreja Católica nos confirma: “O
Espírito Santo está em ação com o Pai e o Filho do inicio até a consumação do Projeto da
nossa Salvação. Mas é nos ‘últimos tempos’, inaugurados pela Encarnação redentora do
Filho, que Ele é revelado e dado, reconhecido e acolhido como Pessoa.” (n.686). Buscar,
pois, ter para com a Pessoa Divina do Espírito Santo um relacionamento pessoal íntimo, é
corresponder aos dom (ao presente) que Deus faz de Si mesmo, a nós, em Pentecostes.
Há como recusar isso?!
6- Partilha Espontânea (cerca de 20 minutos)
7- Cântico
8- Oração Final
A - Louvor a ti, Senhor poderoso,
Espírito consolador;
generoso dispensador de todos os bens,
igual ao Pai e ao Filho,
a ti a glória e a soberania.
B - És a Luz e portador da luz.
Ès bondade de fonte de toda a bondade.
És o Espírito que forma profetas e suscita apóstolos.
A- Dás a vitória aos mártires e poder aos confessores.
Tornas inteligentes os que te procuram, orientas os que estão sem destino,
B - consolas os tristes e fortaleces os fracos, cuidas dos feridos, ergues os que caíram, dás
coragem aos que têm medo, acalmas os violentos, abrandas os corações endurecidos,
confirmas os fiéis e resguardas os que crêem.
A - Eu te suplico, Espírito consolador,
desce ao templo do meu coração,
como descestes à sala do cenáculo,
testemunha da santa ceia.
B - Vivifica-me com teus dons benfazejos,
abrasa-me o coração com o fogo do teu amor,
concede-me tua sabedoria eterna,
e que tua luz resplandecente me purifique o coração.
A - Que eu te conheça com verdadeiro discernimento,
tu que reinas com o Pai e o Filho.
B - Guia-me para que te glorifique e te adore com toda pureza, amor e obediência.
T - com o Pai de quem procedes e com o Filho de quem recebes, agora e sempre. Espírito
Santo vem rezar em mim.
9- Sugestão de Atividade em Casa
Ler At 8, 9-25
Bênção Final
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7º Dia- Sereis Batizados no Espírito Santo
Abertura (para todos os dias)
4- Leitura Bíblica
Leitura do Livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 1, versículos de 4 a 9.
5- Reflexão Catequética
D - Na celebração da vigília de Pentecostes de 2004, em Roma, o Papa João Paulo II
afirmou em seu discurso: “Desejo que a espiritualidade de Pentecostes se difunda na Igreja
como um renovado salto de oração, de santidade, de comunhão e de anúncio”
(29/05/2004).
Ora, o elemento central de toda a espiritualidade de Pentecostes não é um devocional, um
rito litúrgico ou uma novena de orações, simplesmente. Aquilo de mais significativo que a
espiritualidade de Pentecostes - mormente em conseqüência da reflexão emanada do
Concílio Vaticano II a respeito da Pessoa e do operar do Espírito Santo - tem resgatado e
oferecido à Igreja é uma experiência: a experiência do chamado “Batismo no Espírito
Santo”...
“Entre os católicos da Renovação a frase ‘batismo no Espírito Santo’ se refere a dois
sentidos ou momentos. O primeiro é propriamente teológico. Nesse sentido, todo menbro
da Igreja é batizado no Espírito Santo pelo fato de ter recebido os sacramentos da iniciação
Cristã. O segundo é de ordem experiencial e se refere ao momento ou processo de
crescimento pelo qual a presença ativa do Espírito, recebido na iniciação, se torna sensível
à consciência da pessoa. Quando se fala, na renovação católica, do batismo no Espírio
Santo, recebido na iniciação, se torna sensível à consciência da pessoa. Quando se fala, na
renovação católica, do batismo no Espírito Santo, geralmente se refere a essa experiência
consciente que é o sentido experiencial.” (Documento de Malines, Orientações Teológicas e
Pastorais da RCC, Cardeal Suenens e outros). Para Dom Paul Josef Cordes - atual
presidente do Pontifício Conselho Cor Unum (das obras de misericórdia) - , “o batismo no
Espírito Santo” é experiência concreta da “graça de Pentecostes” na qual a ação do Espírito
Santo torna-se realidade experimentada na vida do indivíduo e da comunidade de fé. O
“derramamento do Espírito Santo” é introdução decisiva a uma renovada percepção e a um
novo entendimento da presença e da ação de Deus na vida pessoal e no mundo. É, em
suma, a redescoberta experiencial, na fé, de que Jesus é Senhor pelo poder do Espírito
para a glória do Pai. Enraizado na graça batismal, o “batismo no Espírito” é essencialmente
a experiência da renovada comunhão com as pessoas divinas. É abertura e manifestação
da vida trinitária nos que foram batizados [...] Com demasiada freqüência, indivíduos
batizados não tiveram um encontro genuíno com o Senhor; “muitas vezes não se verificou a
primeira evangelização” e ainda não há “adesão explícita e pessoal a Jesus Cristo”
(Catechese Tradendae 19). Segundo ainda Dom Paul Cordes, a expressão “batismo no
Espírito” pode ser usada em muitos sentidos. Aqui, “batismo no Espírito Santo” é usada com
respeito à experiência de receber o Espírito Santo com a vida de graça, juntamente com a
recepção dos carismas, como parte integrante da iniciação cristã, ou como reapropriação
ou inspiração mais tardia em um contexto não-sacramental do que já foi recebido na
iniciação (op.cit; p.28). Como se vê, há de se entender aqui a palavra “batismo”, no seu
sentido primário, não sacramental, que se refere ao ato de mergulhar, imergir alguma coisa
ou alguém em uma outra realidade (no nosso caso, um “inundar-se” no mistério da efusão
do Espírito dispensado pelo Pai por intermédio de Jesus, em Pentecostes, que foi
“derramado” conforme a promessa (cf. At 2,16-21). Também se recorre com freqüência ao
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termo efusão do Espírito ou, ainda, “derramamento do Espírito”, e mesmo “um liberar do
Espírito Santo”, querendo-se, sempre, referir-se àquela experiência que nos leva a abrirmonos
mais à realidade da Trindade de Deus em nós, com uma crescente consciência a
respeito do significado dos sacramentos da iniciação cristã, nos batizados
sacramentalmente. Essa especial e profunda “percepção” – definida, perceptível,
envolvente - do relacionamento pessoal com Jesus Cristo que essa experiência proporciona
não faz parte de nenhum movimento em particular - em caráter exclusivo - mas é patrimônio
da Igreja, que celebra os sacramentos da iniciação e por quem recebemos o Espírito Santo.
Antes de entender e elaborar uma teologia a respeito do Espírito Santo, os apóstolos
tiveram uma experiência com Ele. Ainda que, a princípio, não entendêssemos tudo o que
pode significar, os frutos desse chamado batismo no Espírito deveriam, por si sós, motivarnos
a querê-lo, a desejá-lo- e com muita sede - para a nossa vida de fé. Alguns dos frutos
que se percebem na vida dos que buscam e experimentam essa graça são:
- Conversão interior radical e transformação profunda da vida;
- Luz poderosa para compreender melhor mistério de Deus e seu plano de salvação;
- Novo compromisso pessoal com Cristo;
- Gosto pela oração pessoal e comunitária;
- Amor ardente à Palavra de Deus na Escritura;
- Busca viva dos sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia;
- Amor verdadeiro e autêntico à Igreja e às suas instituições;
- Descobrimento de uma verdadeira opção preferencial pelos pobres;
- Entrega generosa ao serviço dos irmãos, na fé.
- Força divina para dar testemunho de Jesus em todas as partes;
6- Partilha Espontânea (cerca de 20 minutos)
7- Cântico
8- Oração Final
A –Vinde Espírito Santo
E enviai-nos do alto do Céu,
Um raio da vossa luz!
B – Vinde, Pai dos pobres,
Vinde, fonte de todos os dons,
Vinde, luz dos corações!
A - Consolador magnífico!
Doce hóspede da alma!
Doce reconforto!
B - Sois repouso para o nosso trabalho,
Calmante para as nossas paixões,
Lenitivo para as nossas lágrimas!
A - Ó luz da felicidade,
Inundai plenamente
Os corações dos vossos fiéis!
B - Sem o vosso auxílio,
Nada pode o homem,
Nada produz de bom!
A - Lavai as nossas manchas!
Banhai a nossa aridez!
Sarai as nossas feridas!
B – Dobrai a nossa dureza!
Aquecei a nossa frieza!
Retificai os nossos erros!
A - Dai aos vossos fiéis,
Que em Vós confiam,
Os sete dons sagrados!
B - Dai-nos o mérito da virtude!
Dai-nos o troféu da salvação!
Dai-nos alegria eterna!
T - Amém, Aleluia!
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9- Sugestão de Atividade em Casa
Mc 1, 4-8. Após a leitura, orar por alguns momentos pedindo a Deus que nos conceda um
maior entendimento para amadurecermos, crescermos nosso relacionamento com a
Pessoa-dom, que é o Espírito Santo.
(O dirigente pode dar alguns exemplos de pequenas orações espontâneas a serem feitas).
Rezar também:
CONSAGRAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO
(Santiago Alberione)
Espírito Santo, amor eterno do Pai e do Filho, eu te adoro, te dou graças, te amo e te peço
perdão pelas vezes que te ofendi em minha própria pessoa ou em meu próximo.
Desce com a plenitude de teus dons nas sagradas ordenações dos bispos, sacerdotes e
diáconos; na profissão dos religiosos, na conformação dos fiéis. Dá-nos a todos: luz,
santidade e espírito missionário.
Espírito de verdade, te consagro a mente, a imaginação, a memória: ilumina-me para que
eu conheça a Cristo Mestre e assimile seu Evangelho e a doutrina da Igreja. Acrescenta
em mim o dom da sabedoria, da ciência, da inteligência e do conselho.
Espírito santificador, te consagro a minha vontade: guia-me segundo os teus desejos,
ajuda-me a ser fiel na observância dos mandamentos de Deus e em meus compromissos.
Concede-me o dom da fortaleza e do temor de Deus.
Espírito vivificador, te consagro meu coração: conserva e acrescenta em mim a vida divina.
Concede-me o dom da piedade. Amém.
Bênção Final
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8º Dia- A efusão do Espírito Santo
Abertura
(para todos os dias)
4- Leitura Bíblica
Leitura da Carta de Paulo aos Gálatas, capítulo 5, versículos de 16 a 23.
5- Reflexão Catequética
D - Por sua Páscoa, Jesus Cristo redimiu todo o gênero humano. Por Ele, todos os homens
têm acesso à salvação. É fundamental, porém, que todos e cada homem - já salvos -
assumam, explícita e pessoalmente, essa salvação. O mistério da salvação oferecido
gratuitamente por Deus precisa ser aceito livremente por cada um de nós, como opção
pessoal, em uma atitude de obediência de fé. “ Para que se preste essa fé, exigem-se
gravação prévia e adjuvante de Deus e os auxílios internos do Espírito Santo, que move o
coração e converte-o a Deus, abre os olhos da mente e dá ‘a todos suavidade no consentir
e crer na verdade’. A fim de tornar sempre mais profunda a compreensão da Revelação, o
mesmo Espírito Santo aperfeiçoa continuamente a fé por meio de Seus dons” (Constituição
Dogmática Dei Verbum, n. 5). Ou seja, não se avança na percepção progressiva do mistério
da salvação realizada por Jesus Cristo sem se deixar habitar em plenitude pelo Espírito
Santo, sem experimentar continuamente de sua efusão admiravelmente manifestada,
derramada, dada e comunicada em Pentecostes (cf. Catec; n. 731), mas prometida para
estar conosco eternamente. “Tendo entrado uma vez por todas no santuário do céu, Jesus
Cristo intercede sem cessar por nós como mediador que nos garante permanentemente a
efusão do Espírito Santo.” (Catec., n. 667).
O Espírito não cessa, pois, de levar continuamente as pessoas à experiência do Cristo vivo
e ressuscitado, por meio de sua efusão. Crentes, descrentes, batizados só de nome,
praticantes, santos e pecadores, são visitados por essa graça pascal (v. Catec., n.731), e
dão um salto qualitativo na fé, que vai de um não conhecimento, de um conhecimento
insuficiente, de um conhecimento estribado na cultura e na razão, apenas, a um
conhecimento experiencial, que aguça a fé e sacia a sede e que envolve todo nosso ser e
proporciona a todos uma progressiva tomada de consciência a respeito do real significado
dos sacramentos da iniciação cristã, do que significa ser cristão, ser salvo, ser Igreja... E
não precisamos ficar esperando que, aleatoriamente, uma hora aconteça conosco. Ou, se
já aconteceu, achar que foi o suficiente. Jesus nos garante permanentemente a efusão do
Espírito Santo, como vimos. Quem tiver sede, vá a Ele e beba (Jo 7, 37-39), mais e mais.
Se o nosso pecado, se a nossa tibieza, se a nossa pequena fé nos esmorecem, enchamonos
do Espírito (cf. Ef 5, 12)! Agora isso é possível. É possível oferecermos ao Espírito mais
e mais espaço em nossa vida para que Ele a replene com sua plenitude. Ele, que já está
em nós, pode manifestar-se, aqui e agora, segundo a Sua vontade e nossa abertura à Sua
ação...
É até quando vamos ter necessidade da Efusão do Espírito? Até atingirmos a santidade!!!
Isso mesmo, pois, “... se o batismo é um verdadeiro ingresso na santidade de Deus
mediante a inserção em Cristo e a habitação de seu Espírito, seria um contra-senso
contentar-se com uma vida medíocre pautada por uma ética minimalista e uma religiosidade
superficial. Perguntar a um catecúmeno: ‘Queres receber o Batismo?’ significa ao mesmo
tempo pedir-lhe: ‘Queres fazer-te santo?’ (Novo Millennio Ineunte, 31). Em março de 2002,
falando aos membros de uma delegação da “Renovação no Espírito Santo”, na Itália, o
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papa João Paulo II afirmou: “A Igreja e o mundo têm necessidade de santos, e nós somos
tanto mais santos quanto mais deixamos que o Espírito Santo nos configure com Cristo.”
Eis o segredo da experiência regeneradora da ‘efusão do Espírito’, experiência típica que
caracteriza o caminho de crescimento proposto pelos menbros dos vossos Grupos e das
vossas Comunidades” (L’Osservatore Romano, 30/03/2002). E mais recentemente - 23 de
maio de 2004 -, aos convidar os Movimentos Apostólicos a participar da Vigília de
Pentecostes, dava o motivo de seu convite: “...para invocar sobre nós e sobre toda a Igreja
uma abundante efusão dos sons do Espírito Santo”...
Que tal manifestarmos a Deus, hoje - quem sabe pela primeira vez, ou, talvez, uma vez
mais - a nossa sede e a nossa vontade de receber mais e mais da efusão do Espírito?
Associemo-nos a Maria – “aquela que, embora já tendo experimentado a plenitude do
Espírito na encarnação do Verbo (gratia plena), obedeceu à instrução do Filho e também
colocou-se à espera do cumprimento da promessa do dom do Espírito”. “E todos ficaram
cheios do Espírito...” (cf. At 2,4). Peçamos, com João Paulo II, a intercessão dela: “ Ó
Virgem Santíssima, mãe de Cristo e da Igreja [...] Tu que estivestes no Cenáculo com os
apóstolos em oração, à espera da vinda do Espírito de Pentecostes, invoca a Sua renovada
efusão sobre todos os fiéis leigos, homens e mulheres, para que correspondam plenamente
à sua vocação e missão, como ramos da ‘verdadeira videira’, chamados a dar ‘muitos frutos’
para a vida do mundo” (Christifideles Laici, n. 64).
6- Partilha Espontânea (cerca de 20 minutos)
7- Cântico
8- Oração para pedir o Batismo no Espírito Santo
T- Senhor Jesus, vivo, ressuscitado, Vós recebestes o Espírito Santo em plenitude para
comunicá-Lo a todos os que crêem em Vós de todo o coração. Eu creio em Vós, Jesus! De
todo o coração! Com toda a alegria e ação de graças!
Jesus, desejo vivamente viver minha vida cristã em plenitude e santidade. Mas, para assim
vivê-la, eu preciso da ação vigorosa do Vosso Espírito Santo.
Jesus, já me deste o Espírito Santo no dia do meu batismo e O confirmaste em mim pelo
sacramento da crisma. Mas peço-Vos que hoje O libereis em todo o meu ser, para que eu
fique cheio, encharcado, plenificado dEle.
Jesus, um dia dissestes: “Sereis batizados no Espírito Santo.” Batizai-me, agora, Jesus,
conforme a Vossa promessa! Mergulhai-me no oceano do amor e da santidade do Espírito
Santo, para que eu fique plenificado por Sua presença e por Sua ação vigorosa e
santificadora!
Jesus, liberai em mim o Vosso Santo Espírito, de tal modo que Ele se aproprie de mim, de
todo o meu ser: do meu espírito, do meu psiquismo, das minhas faculdades mentais e
emocionais e do meu físico, convertendo-me, libertando-me, transformando-me, curandome
e santificando-me de tal forma, que eu possa ser uma nova criatura, para viver uma vida
nova, em comunhão de amor com o meu Deus e com os meus irmãos.
Jesus, batizai-me no Espírito Santo! Que eu possa experimentar vivamente Sua presença e
Sua santidade em minha vida, todos os dias! Jesus, que Vosso Espírito Santo desabroche
em mim os setes dons infusos! Jesus, que o Espírito de amor gere em mim os Seus nove
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frutos de santidade! Jesus, que o Espírito Santo se manifeste em mim com Seus carismas,
para que eu possa servir muito mais e melhor aos meus irmãos!
Batizai-me, Senhor Jesus, no Vosso Santo Espírito!
Jesus, creio vivamente que Vós fareis acontecer em mim essa graça bendita. Porque creio,
agradeço. Sim, Jesus, agradeço de todo o coração por tão grande graça. Desejo
corresponder ao amor e à ação do Vosso Espírito Santo, com toda a atenção e dedicação.
Obrigado, Jesus.
(Na seqüência, os servos - dois a dois - rezam por cada um dos participantes, impondo-lhes
- num gesto de solidariedade e comunhão - as mãos e pedindo a confirmação do que
acabaram de orar. Durante esse momento, os responsáveis pela música - se houver -
podem entoar, em uma altura que não atrapalhe a oração, cantos suaves e apropriados
[“Eu navegarei”; “ Batizai-me Senhor”, etc.]).
9- Sugestão de Atividade em Casa
Ler At 10, 24-28. Reservar um tempo para estar em comunhão com o Senhor, repetindo em
oração a disposição de querer ser replenado por seu Espírito. Manifeste ao Senhor a sua
vontade de se deixar conduzir inteiramente por Seu Espírito e de acolher todos os dons e
carismas que Ele quiser lhe conceder.
Lembre-se e confie: “Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não
sabemos o que devemos pedir, nem orar com convém, mas o Espírito mesmo intercede por
nós com gemidos inefáveis” (Rm 8,26)
Bênção Final
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9º Dia- Capacitados para Servir
Abertura
4- Leitura Bíblica
Leitura do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos, capítulo 16, versículos de 12 a
18.
5- Reflexão Catequética
D - Pentecostes é uma graça constitutiva - “que faz parte” - do grande mistério pascal, pelo
qual o Filho - o Verbo de Deus encarnado - obteve para nós a remissão de nossas faltas e a
garantia de participação na vida eterna, na comunhão com a Trindade Santa,
Deus tem um propósito especial e muito definido ao nos dar o seu Espírito Santo: tornar
possível a continuidade da graça da salvação para todas as gerações que se sucedem à
morte e ressurreição de Cristo (cf. DIM, 1; DeV, 22 e 67). “ Recebereis o poder do Espírito
Santo e então sereis minhas testemunhas [...] até os confins do mundo”, nos esclarecia
Jesus (cf. At 1,8). “Assim como o Pai me enviou, assim estou enviando vocês [...]: recebam
(para isso) o Espírito Santo! E o que vocês perdoarem, estará perdoado (cf. Jo 20, 21-23).
O Espírito, pois, nos é dado não apenas como “penhor da nossa herança” eterna (cf. Ef 1
13-14; Gl 4, 6-7, Ti 3, 5-7), mas também para que posamos testemunhar a respeito da obra
de Jesus (cf. Jo 15,26-27). “... é missão do Espírito Santo também o transformar discípulos
em testemunhas de Cristo” conforme nos recorda João Paulo II, em sua Encíclica
Catechese Tradendae, n. 72.
O Catecismo da Igreja católica (n.683) nos diz que “sem o Espírito não é possível ver o
Filho de Deus, e sem o Filho, ninguém pode aproximar-se do Pai, pois o conhecimento do
Pai é o Filho, e o conhecimento do Filho de Deus se faz pelo Espírito Santo.” E Paulo VI,
em sua Encíclica Evangelli Nuntiandi, n.75, nos ensina que “nunca será possível haver
evangelização sem a ação do Espírito Santo [...] Ele é aquele que, hoje ainda, como nos
inícios da Igreja, age em cada um dos evangelizadores que se deixa possuir e conduzir por
ele, e põe na sua boca as palavras que ele sozinho não poderia encontrar, ao mesmo
tempo que predispõe a alma daqueles que escutam, a fim de a tornar aberta e acolhedora
para a Boa Nova e para o reino anunciado. As técnicas da evangelização são boas,
obviamente; mas ainda as mais aperfeiçoadas não poderiam substituir a ação discreta do
Espírito Santo. A preparação mais apurada do evangelizador nada faz sem ele. De igual
modo, a dialética mais convincente, sem ele, permanece impotente em relação ao espírito
dos homens. E, ainda, os mais bem elaborados esquemas com base sociológica e
psicológica, sem Ele, em breve se demonstram desprovidos de valor.”
Ou seja, é possível ter-se uma abundância de programas, de planejamentos, de projetos, e
até de boas intenções, mas se não levarmos em conta, de modo efetivo e experiencial (e
não apenas com retórica sociológica e teológica) a participação livre e soberana do operar
do Espírito, podemos fazer muito barulho e colher poucos resultados em nosso trabalho de
evangelização. Quem não leva à missão os recursos do poder do Espírito, dá de si mesmo;
e o que nós temos a oferecer é sempre pouco para tocar o coração dos homens - uma vez
que a mensagem cristã contém elementos que vão além da simples capacidade de
compreensão intelectual, racional, dos seres humanos.
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Desde os primórdios da evangelização, Paulo ressaltava: “O nosso Evangelho vos foi
pregado não somente por palavra, mas também com poder, com o Espírito Santo e com
plena convicção. Sabeis o que temos sido entre vós para a vossa salvação” (1 Tes 1, 5). E
mais: “Também eu, quando fui ter convosco, irmãos, não fui com o prestígio da eloqüência
nem da sabedoria anunciar-vos o testemunho de Deus. Julguei não dever saber coisa
alguma entre vós, senão Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado. Eu me apresentei em
vosso meio num estado de fraqueza, de desassossego e de temor. A minha palavra e a
minha pregação longe estavam da eloqüência persuasiva da sabedoria; eram, antes, uma
demonstração do Espírito e do poder divino, para que vossa fé não se baseasse na
sabedoria dos homens, mas no poder de Deus” (1 Cor 2,1-5)
O Concílio Vaticano II, em seu documento sobre o apostolado dos leigos (Decreto
Apostolican Actuositatem, n. 3), advertia: “Impõe-se pois a todos o dever luminoso de
colaborar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e acolhida por todos os
homens em toda a parte.
Para exercerem tal apostolado , o Espírito Santo - que opera a santificação do povo de
Deus por meio do ministério e dos sacramentos - confere ainda dons peculiares aos fiéis (cf.
1Cor 12,7), “distribuindo-os a todos, um por um, conforme quer” (1 Cor 12, 11), de maneira
que “cada qual, segundo a graça que recebeu, também a ponha a serviço de outrem” e
sejam eles próprios “como bons dispensadores da graça multiforme de Deus” (1 Pd 4, 10),
“para a edificação de todo o corpo na caridade” (cf. Ef 4,16).
A obra da Salvação é uma obra de Deus. E para realizar e cooperar com a obra de Deus,
precisamos do poder de Deus, conforme nos foi prometido e dado (At 1,8). Assim como é
louvável buscarmos o mais frequentemente possível a comunhão com o Senhor na
Eucaristia, de igual modo é salutar pedirmos ao Senhor que nos batize, que nos sature
constantemente com seu Espírito, capacitando-nos adequadamente para a missão. Abrirse,
pois, ao Espírito Santo e aos seus dons e carismas é a forma concreta de nos
deixarmos interpelar por Sua Palavra e respondermos com fé e generosidade ao chamado
que Deus, privilegiadamente, nos fez em Jesus Cristo , pelo Espírito! Amém!
6- Partilha Espontânea
(cerca de 20 minutos)
Neste dia, o Dirigente orienta todos sobre a importância da participação na vida da
Comunidade Eclesial (Grupos de Oração, de Estudos Bíblicos, de Promoção Social. de
Pastorais diversas), como uma conseqüência da consciência de Pentecostes (At 2,42).
Agradece a participação de todos e faz os pertinentes convites.
7- Cântico
- Oração Final
A - Graças, Senhor, pelo teu Pentecostes, que se renova mais e mais agora. Sabemos que
é chegada a tua hora, e que dispensas os teus dons em profusão...
B - Dá-nos também um Pentecostes que nos abale, que nos sacuda... Um rápido tufão que
da nossa pequenez nos desinstale;
que leve, uivando, a bagatela, o lixo odioso, e ponha à prova das nossas tendas a firmeza.
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A - Dá-nos um Pentecostes que nos derrube ao chão, como um vento conquistador,
impetuoso;
mas que saneie o charco e corte a estrada que nos conduza à segurança e à certeza.
B - Dá-nos um novo Pentecostes, vendaval que arrombe portas e janelas: um sinal para
sairmos de nós, e aos outros dar entrada;
que sobre o mundo nos dê outro cenário sem os espelhos do nosso santuário que só nos
refletem a nós: a nós e o nada!
A - Dá-nos um novo Pentecostes, de abrasar, para a nova de Jesus anunciar aos
pequeninos, aos que choram e têm fome, para que cresçam e riam, em teu nome!
Má nova aos grandes, cuja vida é um não.
Sejam todos pequenos, em teu nome, e chorem, para obter o teu perdão.
B - Dá-nos um novo Pentecostes, fogo e chama, que queime em nós o erro e a
mesquinhez, rasgando a selva e secando a lama... fazendo ver com nova limpidez visões
de apocalipse e de verdade: tua verdade, serena, a uma só: a vida que é nossa, na
Trindade... e, além do pó, um encontro já marcado: a eternidade!
A - Dá-nos um novo Pentecostes, que, além disto, purifique o ouro em nós, até brilhar e
refletir no mundo Jesus Cristo.
B - Dá-nos um novo Pentecostes, que faça ardente tocha da tua igreja. Firmados nessa
rocha o mal não poderá nos arrastar.
T - Renova-a dia-a-dia, para que mais e mais dê glória a Deus, para que mais e mais
sejamos teus, até o renascer na Parusia!
9- Sugestão de Atividade em Casa
Ler 1Cor 12, 1-31. Fazer, em oração, o propósito de ler diariamente um trecho da Sagrada
Escritura.
Bênção Final

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Quanto Vale o Seu Ministério.

Quanto Vale o Seu Ministério.


Amado e Amada de Deus Musico. Quanto vale o seu Ministério?
Você, como Ministro de Louvor (Ministro no cantar e no tocar), Ministra de Dança, já parou para pensar nisto!

O que você tem feito em seu Ministério? O que você tem acrescentado em seu Ministério?

Você tem sido um daqueles músicos que só reclamam, nunca esta contente com nada e acaba se anulando por causa de outras pessoas, ou tem sido aquele que busca fazer a diferença, procurando dar o seu melhor.

Querido irmão você como Ministro de Musica, deve procurar a excelência, e quando digo excelência e de um modo geral. O Musico não vive apenas do tocar, tocar, ensaiar, tocar e tocar temos que nos abastecer.
Excelência em sua Oração:

• Procure todos os dias, um tempo e orar pelas pessoas que fazem parte do ministério.
• Ore e agradeça a Deus pelo Dom que ele lhe deu
• Ore por você pedindo essa excelência em servir a Deus através da musica
• Ore por você, pedindo uma árdua renovação, dos dons e carismas.

Na carta de São Paulo a Romanos no Cap 12,7 vai dizer “Aquele que e chamado dedique-se ao seu Ministério, ai esta a chave para você irmão musico” Dedicação “. Se você se dedica por seu ministério, com certeza você saberá o quanto ele vale para você, nunca esquecendo de fazer com Amor”.

Sabemos hoje quanto o inimigo da nossa Salvação, tem conturbado a vida de muitos músicos em matéria de dedicação, disponibilidade, de todas as formas ele quer parar você e seu ministério, parar sua voz, parar suas mãos, pés e ai que nossa confiança não esta nos carros, nem nos cavalos e sim no Senhor, não no querer, no poder, nem pela força, mais pelo Espírito de Deus.

Pe. Jonas vai dizer que enquanto músicos devemos dar forro espiritual uns para os outros. E o que seria esse forro espiritual?

Amados em 1º lugar Deus, em 2º meu Irmão e em 3º minha pessoa, estar disponível a ajudar seu irmão a se levantar, a voltar a ter visão e vigor pelas coisas de Deus.

Em Tim 3,13 esta escrito “Os que desempenham bem este ministério, alcançaram honrosa posição e grande confiança na fé em Jesus Cristo”.
Amado Irmão musico o Pai nos deu uma missão como diz uma musica da Ziza Fernandes:

Vai busca o sonho que Deus tem pra Ti!
Vai mesmo que te custe lágrimas
Só o que nos causa dor é o que damos valor!
Vai busca só o que Deus quer de Ti!
Vai, mesmo que as santas pedras cheguem.
Deus está a escrever nova história em teu viver!

Irmão o seu Ministério de Musica, as pessoas que fazem parte dele para Deus vale muito.

Col 4,17 – “Vê bem o ministério que recebeste em nome do Senhor e desempenha-o plenamente”

Deus os abençoe!