O PELOTÃO DE FRENTE
A função do ministério de música é marchar à frente, abrindo as trincheiras do inimigo, para que o exército de Deus possa entrar e destruí-lo.
Nele, observamos as seguintes qualidades:
• Não se acovarda;
(Quando nos acovardamos, desprezamos o Senhor e a força que vem do alto.)
• É obediente;
(Que se faça somente a vontade de Deus!)
• Está consciente da batalha espiritual;
(Existe realmente uma batalha espiritual sendo travada e a nossa arma é a oração)
• Faz retiradas estratégicas;
(Quando notamos que a música está sem unção e falta unidade, é melhor recuar)
• Procura não errar a rota;
(Não existe erro de rota maior que a desobediência à Igreja)
• Nunca perde de vista seu General;
(Quando isso acontece, o pelotão desgoverna todo o exército que vem atrás)
• Está sempre à serviço do exército, que é a Igreja.
(O pelotão está à serviço do batalhão e não o contrário)
TENTAÇÕES DO MÚSICO
É através das tentações, dos sofrimentos, das tribulações; é abraçando todos os dias a nossa cruz, que seremos achados fiéis e obedientes. O Senhor não promete retirar-nos as tentações, mas meios de suportá-las.
1.VAIDADE “A ninguém posso ceder a minha Glória”
Isaías 48, 11b
2.CIÚMES O músico se irrita diante do Dom do outro e ainda por cima passa à pensar que faria melhor.
3.IMPUREZA DE INTENÇÃO Servir à Deus buscando outros interesses. Nossa motivação em servir à Deus deve ser o amor à Jesus e ao irmão.
4. AGIR NA CARNE Não agir conforme a ação do Espírito Santo.
5. FALTA DE COMPROMISSO É levar uma vida sem oração, sem vínculos com a Igreja e sem compromisso com o Senhor.
6. SERVIR À DEUS PELA METADE É não possuir confiança absoluta em Deus, buscando outras seguranças.
7. SERVIR À DEUS EM PECADO Não testemunhar com a vida aquilo que se canta.
8. RETER PARA SI É o egoísmo de reter os conhecimentos e técnicas do ministério só para si.
9. VOLTAR À VIDA VELHA É o esfriamento da chama do primeiro amor.
10. AGIR SEM AMOR É a falta de transparência para com Deus, com o próximo e consigo mesmo. Não podemos disfarçar o que está dentro de nós.
A MÚSICA É INTERCESSÃO
Pelos acordes, instrumentos musicais e nossas vozes, realizamos uma súplica à Deus para que seu poder curador e libertador seja derramado.
Todo servo de Deus na música tem o serviço de tornar sua oração intercessória e deve deixar que o próprio Senhor conduza o seu canto. Existem três fases distintas da intercessão:
IDENTIDADE
O Músico deve ser humilde o bastante para se identificar com a realidade e o problema das pessoas pelas quais intercede.
AGONIA
Não existe carisma sem dor e sacrifício.
AUTORIDADE
É ter uma profunda intimidade com Deus à ponto de sempre obedecer a sua voz.
O servo de Deus na música não pode se esquecer que seu canto é uma oração, quem age em nós para interceder, quem nos move e nos anima é o próprio Espírito Santo.
MINISTRAR A MÚSICA COM PODER
1. O QUE SIGNIFICA SER MINISTRO?
É representar à Deus. Representamos Jesus no campo da música, somos ministros do louvor. O ministro de Deus é escolhido para fazer a vontade do Senhor e não a sua própria vontade.
2. REQUISITOS PARA MINISTRAR COM PODER
2.1 UNÇÃO
(presença de Deus) UNÇÃO SACERDOTAL: para consagrar e oferecer os sacrifícios ao Senhor.
UNÇÃO RÉGIA: para vencer todos os “Golias”.
UNÇÃO DOS LEPROSOS: para a cura dos sofrimentos do povo de Deus.
UNÇÃO DE JESUS CRISTO: ministrar como homem, mas depender totalmente da unção do Espírito Santo.
UNÇÃO DO LEIGO: no nosso batismo recebemos a tríplice unção dada a Jesus Cristo.
UNÇÃO NA MÚSICA: deixar cair primeiro no coração de quem a executa e convencer-se primeiro; é necessário que a música seja primeiramente ministrada para si mesmo.
2.2 SANTIDADE Arma principal para a batalha espiritual
- Oração;
- Eucaristia;
- Sacramento da reconciliação;
- Jejum ou Penitência.
3. QUALIDADES PARA MINISTRAR COM PODER
HUMILDE “Importa que Ele cresça e diminua eu.” (Jo 3,30)
DISPOSTO Fazer tudo de bom agrado, nunca pensando em agradar aos homens, e sim à Deus.
OBEDIENTE Obediência ao corpo hierárquico da Igreja.
RECONCILIADOR Não ser somente aquele que perdoa, mas também o que promove a reconciliação.
QUE DIALOGA Falar na hora certa e saber escutar.
DESAPEGADO “É maior felicidade dar que receber.”(At. 20, 35)
COMPROMETIDO Assumir o ministério como prioridade, ser perseverante e responsável.
TER VIDA DE ORAÇÃO Ministério de música sem oração, fatalmente cairá no erro de não saber e nem fazer a vontade de Deus.
INSPIRAR CONFIANÇA E SEGURANÇA Ter segurança interior.
PACIENTE Saber esperar com esperança, com paz e com conhecimento de que Deus pode realizar em nós e por nós.
TER BOM OUVIDO Ter senso de melodia, afinação e de ritmo.
4. PREPARO PARA MINISTRAR COM PODER
1º Passo: Buscar os Sacramentos (Reconciliação e Eucaristia).
2º Passo: Santificação pessoal, vigílias, penitências ou jejuns.
3º Passo: Espírito Santo, reunir para ensaios e oração, ser o primeiro a chegar e o último a sair, aquecimento vocal.
5. MINISTRAR A MÚSICA COM PODER NO GRUPO DE ORAÇÃO
O mais importante é ficar atento ao que o Espírito Santo quer como direção. No Grupo de Oração encontramos 4 linhas de força:
a) Encontro com Jesus:
• Levar cada um a desejar um encontro pessoal com Jesus, pois muitos vem para buscar cura, pedir pelos seus problemas e se esquecem do encontro pessoal com Aquele que tudo pode. b) Louvor:
• Principal momento, ocupando nunca menos que 30 minutos;
• Louvor através da Bíblia, da música, pingue-pongue, desencadeado e em línguas.
c) Espírito Santo:
• É o condutor da reunião de oração
• Se o ministro da música não se deixar conduzir pelo Espírito Santo, ele não cumprirá sua missão.
d) Os Carismas:
• Buscar pelo Espírito Santo;
• Importância da Oração em línguas que nos abre a outros dons;
• O canto em línguas que não é forçado, mas parte da inspiração do Espírito que anima o povo, tem um ápice e termina suavemente, mansamente sem exageros.
6. DICAS PARA MINISTRAR COM PODER
a) Sintonia e Harmonia: Atenção à Pregação para a música ser uma continuidade da mesma e não um “show” à parte.
b) Postura:
• Não vestir-se exuberantemente, mas com simplicidade;
• Evitar conversas paralelas que não estejam no contexto do evento e nem brincadeirinhas;
• Não fazer gestos exagerados, nem escandalosos.
c) Sobre o Ministério:
• Não trocar com freqüência os componentes;
• Ter organização interna;
d) Comentários: Comentar a música com breves palavras.
e) Rezar as canções: Trabalhar a música com orações, onde o ministro se sentir inspirado.
f) Escolha dos cânticos:
• A música não pode ficar fora do contexto do assunto que está sendo trabalhado;
• Iniciar com cantos alegres e animados;
• A transição das animações para as interiorização deve sempre ser gradativa;
• Tomar cuidado para a música não virar tapa buracos, pois em muitos momentos o que o Senhor está pedindo é o silêncio. É muito melhor a qualidade que quantidade.
g) Música Instrumental: Colocá-la no momento certo com o intuito de mostrar Jesus e não o músico.
h) Alegria:
• O coração e o rosto do músico devem transbordar alegria, pois não convence ninguém um cantor ou instrumentista que ministra com o rosto carrancudo e carregado;
• A tristeza pode matar uma reunião de oração ou um retiro espiritual;
• Mesmo enfermos devemos vestir roupa de festa e ter um semblante alegre para servir o Senhor.
A MÚSICA UNGIDA
A música influencia diretamente o comportamento das pessoas. Através dela pode-se facilmente dizer aquilo que é necessário com uma maior aceitação da mente e da natureza do homem.
a) A influência da música no cérebro humano.
As diferentes áreas e suas reações:
HEMISFÉRIO COMUM HEMISFÉRIO ESQUERDO HEMISFÉRIO DIREITO
• É a base do sistema nervoso;
• É a parte mais primitiva, de onde partem reações violentas, bruscas, instinto de defesa e afetividade;
• Predomina o ritmo. • Raciocínio lógico;
• Controla o lado direito do corpo ;
• Predomina a letra, não importando a melodia, ou o ritmo. • Criatividade;
• Sensibilidade;
• Melindroso;
• Predomina a suavidade, beleza e profundidade da melodia.
b) A influência dos sons e sua intensidade
Para comandar o corpo humano, o cérebro ativa ainda algumas glândulas espalhadas no corpo humano, com suas funções específicas: hipófise, pineal e secreção interna. Algumas notas musicais bem acentuadas afetam certas partes do corpo humano:
Dó – Glândula Pineal
Ré – Hipófise
Mi – Coração, Pulmão
Fá, Sol – Estômago, Intestino
Lá – Fígado, Vesícula
Si – Sexo, Aparelho Reprodutor
A música pode ser usada até de modo terapêutico para ativar órgãos ou glândulas do corpo humano. É preciso portanto, que descubramos a música como instrumento para tocar o psíquico das pessoas, para tocar os seus corações, o centro de suas decisões, o seu “eu” profundo, para então Deus curar, libertar e confortar.
c) O mal corrompe a música
Lúcifer = chefe da música celestial, encharcado de orgulho e vaidade acabou sendo expulso do céu.
À partir do momento que a música parou de levar o louvor ao Senhor, perdeu o sentido de estar entre aqueles que não cessam de louvar o Deus misericordioso.
d) A música usada por Davi
• Davi possuía um ministério de música organizado e bem treinado – 4.000 músicos;
• Tinha coordenadores consagrados à música;
• Teve unção suficiente para derrubar “Golias”.
e) A música usada com unção
A música ungida tem poder para derrubar qualquer tipo de barreira, qualquer muralha. Ela pode desfazer até problemas humanamente impossíveis, pode converter corações mais duros que a rocha.
DOM DO DISCERNIMENTO NA MÚSICA
Nenhum carisma é bem utilizado se não tiver discernimento. O músico necessita do Dom do discernimento para saber escolher as músicas, levar a assembléia à oração, para ver com os olhos de Deus se o povo está oprimido e precisando de uma música que liberta, enfim, para conduzir o povo para os caminhos do Senhor.
O que é discernir? = Vem do Grego, que quer dizer “colocar em prova”, “diferenciar”, “escolher”. Para termos o discernimento é necessário renovar a nossa mente para podermos separar e examinar o que é do mundo e o que é de Deus.
Na luta espiritual temos três tipos de influência:
A influência que emana do Espírito Santo;
A que vem de nosso próprio espírito humano;
E a que procede do espírito maligno.
Como separar estes três sopros que podem existir dentro de nós?
Para Discernir é preciso que o músico seja ÍNTIMO de Deus.
O MÚSICO DEVE FORMAR OUTROS
O Canto cristão precisa ser ouvido pela Terra inteira e isso só acontecerá se houver o efeito multiplicador, ou seja, que cada servo de Deus forme outro. E para formar ou sermos formados é preciso:
• Cursos;
• Seminários;
• Aprofundamento na Palavra de Deus;
• Aprofundamento nos documentos da Igreja.
Tudo isso não só individualmente, mas com todo o grupo.
O lugar mais importante para o discípulo é aos pés do mestre. Sem escutar, é impossível ser discípulo. O discípulo é totalmente dependente e guiado pelo Espírito Santo, deve tratar à Deus de papai. E esta é a nossa missão, formar discípulos íntimos de Deus.
MÚSICA LITÚRGICA – CANTO NA MISSA
Canto de Entrada: deve ser alegre e de louvor à Deus.
Ato Penitencial: Meditação simples, não demorado e cheio de fervor.
O Glória: Canto de Alegria, contendo Glória ao Pai, Filho e Espírito Santo.
Salmo: É uma resposta à 1ª leitura e nunca deve ser substituído por cântico de meditação, à não ser que tenha o mesmo contexto.
Aclamação: Exceto no tempo da Quaresma, a aclamação mais utilizada é o Aleluia.
Profissão de fé: Pode ser cantada, desde que contenha os principais pontos da fé católica.
Ofertório: É um dos cânticos menos importantes, pois o grande ofertório da missa é após a consagração.
Santo: É o canto mais importante da missa, uma aclamação feita exclusivamente à Deus Pai.
Consagração: O mais importante são as palavras e os gestos do celebrante, o canto é opcional.
Amém: É a resposta final e deve ser feita com vigor e alegria.
Pai Nosso: o canto é opcional
Cântico de Paz: Deve ser um canto que expresse alegria e amor ao irmão.
Cordeiro: Se for cantado deve ser rigorosamente a letra original.
Comunhão: Canto de oração e recolhimento que deve ressaltar Jesus presente no vinho e pão, não podendo ser muito animado.
Ação de Graças: É opcional.
Final: É um canto de alegria que ressalta a necessidade do envio missionário.
Quem quer trabalhar na música para Deus; lembre-se que o principal papel de um Ministério de Música é servir na liturgia.
CONCLUSÃO
Uma nota musical não realiza nada sozinha, mas um conjunto de notas organizadas harmoniosamente formam uma música. O Senhor é o Maestro e se nós nos unirmos formaremos o canto novo que Ele quer fazer ressoar pela face da Terra.
BIBLIOGRAFIA
1 – TAUNNUS, Roberto A., TANNUS, Neusa A. de O., SOUZA, Aldenor de / Formação Espiritual de Evangelizadores na Música – Aparecida, SP: Editora Santuário, 1996.
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